escrito por Déa Aguiar, em 02/09/2020.

Nunca mais você vai segurar minhas mãos, paizinho. Mas estarei segura no amor que você me deu e, assim, será possível seguir.

Você estará vivo pra sempre na memória do som da sua voz forte, da sua gargalhada escandalosa, e do barulho que seus pés, sempre descalços, faziam ao andar pela casa.

Você seguirá conosco sempre que a Sofia cantar uma música inventada. Comer geléia. Cada vez que a Malu me olhar com aquela carinha de Luiz Fernando – vocês são tão parecidos!

Você vive no amor que semeou. Na alegria que fez nascer em tantos corações. Nas palavras honestíssimas e até chocantes que ofereceu como resposta aos inconvenientes.

As piadas sem graça e trocadilhos ruins, fico honrada em herdar. O amor pela música nos manterá juntos, paizinho, até o dia do nosso reencontro.

Hoje eu queria seu colo e choro como a menininha que eu era, procurando seu colo protetor. Mas, graças ao amor e cuidado que recebi, posso também ser abrigo para meus filhos: os seus netos.

Descanse, paizinho. Agora ninguém mais vai te impedir de estar em paz. Ficaremos aqui, com saudades infinitas, colhendo os frutos das coisas lindas que nos deixou.

Você vive, pois o amor não morre. E você é puro amor.

Até um dia, pai. Te amo pra sempre. Nos vemos aí no céu!

Texto e imagem reproduzidos com autorização da autora e publicados originalmente em https://www.facebook.com/adonadeaa.

Postado por Dayana

set 10, 2020 , ,

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